LÍNGUA PORTUGUESA


Segundo Mamede (2017), grande parte dos adjetivos no grau superlativo absoluto sintético são formados a partir do radical em latim e não em português, são os chamados superlativos absolutos sintéticos  eruditos.

Essa situação é traço apenas da variante culta da língua, por isso a adulteração desses adjetivos por parte dos usuários da língua que desconhecem a norma padrão de uso do idioma.

 

Nas alternativas, a seguir, assinale a opção que traz um exemplo de adulteração realizada com o adjetivo no grau superlativo absoluto sintético  erudito por usuários que ignoram a norma culta:    


Amigo muito fiel./ Amigo fidelíssimo.   


Atitude muito cruel./ Atitude crudelíssima.   


Aluno muito sábio./ Aluno sapientíssimo.


Criança muito magra./ Criança magérrima.     


Café muito amargo./ Café amaríssimo.

Pronomes são as palavras que, geralmente, substituem o nome e são capazes de estabelecer a coesão de um texto. Dessa forma, leia o trecho retirado do texto “O gigolô das palavras”, de Luís Fernando Veríssimo, e responda ao que é solicitado.

“[…] Minha implicância com a Gramática na certa se deve a minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas […] vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. [...]”

Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000500.pdf> Acesso em 11 jul 2017.

A partir dos estudos realizados, observamos que os termos destacados são considerados pronomes, pois substituem, por exemplo, o nome utilizado anteriormente. Nesse sentido, a partir da leitura do trecho acima, analise as afirmativas abaixo.

I. O pronome ela está retomando o substantivo "intimidade".

II. O pronome sua está retomando o substantivo “Gramática”.

III. Os pronomes suas, as e sua estão retomando o substantivo “palavras”.

IV. O pronome as  está remando o substantivo "flexões".

V. O pronome me está retomando o substantivo "vida".

A(s) afirmativa(s) correta(s) está (ão) apresentada(s) na opção:


II, IV, V.


Apenas I.     


I, II e III.   


Apenas II.


Apenas III.

Existem algumas modalidades de gramática, conforme o foco ou objeto formal sob o qual a língua é considerada. Mamede (2017) apresenta-nos quatro denominações ou tipos de gramática.

Associe cada tipo de gramática à sua identificação pelas especificidades e particularidades referentes a cada uma:

1- Gramática normativa

2- Gramática escolar

3- Gramática reflexiva

4- Gramática descritiva

(  ) Ela apenas constata a existência de uma estrutura da língua e a apresenta em suas formas de ocorrência e funcionamento. Atuando em todos os níveis de ocorrência da língua, ela atém-se a todas as variantes linguísticas, da língua culta ou norma padrão à língua coloquial. Não tem a preocupação com o certo e errado, para corrigir o “errado” e ensinar o “certo”.

(  ) O ponto de partida para a constituição dessa gramática é o texto. É uma extensão, também, por assim dizer, da filologia, ramo mais elevado dos estudos linguísticos que parte do texto para apresentar ou expor os fatos da língua. São os textos que determinam a existência dos fatos constitutivos da língua. O texto é explorado com base nos fatos gramaticais, na semântica, na teoria do discurso, na linguística textual.

(  ) Os fatos da língua são expostos de forma gradativa, passando da simplicidade à complexidade. Não é isolada, desvinculada de uma situação real. Apresenta os fatos a partir de situações concretas, geralmente em textos ou demais ocorrências da língua. A apresentação ou exposição dos fatos é seguida de exercícios para treinamento, com orientações didáticas e pedagógicas.

(  ) Esta é a gramática que inspira a língua padrão, ou língua culta. É a que deve ser seguida pelos usuários da língua que desejam expressar-se de acordo com os ditames da correção de linguagem, dos acertos gramaticais e estilísticos, coerentes com o grau de instrução de que são detentores. É, portanto, a gramática que constitui a fonte de comprovação de “certo ou errado” de uma estrutura linguística.

A correta associação é a que consta na opção:  


3, 2, 4, 1


1, 2, 3, 4


2, 1, 4, 3


4, 3, 2, 1


4, 2, 2, 3

Leia atentamente o trecho a seguir, do livro “Amanda e os Nanorobôs”, de Eliú Quintiliano, e responda ao que é solicitado.

“Alyessa, acostumada ao conforto que sempre viveu, lembrava-se da amena temperatura que as paredes frias do castelo proporcionavam ao interior do palácio, aonde morava com sua família, o teto era alto em todos os cômodos do castelo, mesmo que o grande astro azul com todo seu brilho banhasse com seus raios o castelo o dia todo, dentro do castelo sempre era muito fresco, mesmo no auge do verão.”

Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000538.pdf> Acesso em 04 set 2017.

No texto, a respeito de alguns fatos da norma padrão ou língua culta que, frequentemente, geram confusões, dúvidas e os desagradáveis desvios, há um trecho que não está de acordo com a gramática normativa. Analise as afirmativas que seguem.

I. No trecho “o teto era alto em todos os cômodos do castelo”, a palavra em destaque está escrita inadequadamente, pois o correto, nesse caso, é auto.

II. No trecho “aonde morava com sua família”, a palavra em destaque não está empregada corretamente, pois deveria ser onde, indicando o local da moradia.

III. No trecho “dentro do castelo sempre era muito fresco, mesmo no auge do verão”, a palavra destacada está escrita inadequadamente, pois o correto, nesse caso, é alge.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) presente(s) em:    


Apenas em III.  


Em II e III.


Apenas em II.   


Apenas em I.    


Em I e II.

Como você estudou, a Língua  Portuguesa apresenta  algumas  palavras   e  expressões que sempre suscitam dúvidas quanto ao seu emprego adequado em diversas situações comunicativas. Por meio desse estudo, avalie as afirmativas que seguem:

I. Há é utilizado quando o espaço de tempo já tiver decorrido e puder ser substituído por faz.

II. Mim nunca faz nada, portanto mim não pode ser sujeito.

III. A cerca de significa a uma distância.

IV. Escrevemos afim, quando queremos dizer semelhante.

Está correta a(s) afirmativa(s) presente(s) em: 


Apenas em II.    


Apenas em IV. 


Apenas em III.  


Em I, II, III e IV.


Apenas em I.    

Leia a tira:

Fonte: EAD Uniube

A opção que traz a sequência de palavras que são acentuadas pelas mesmas regras de acentuação que as palavras retiradas da tira – vesícula, só, dicionário - respectivamente é:                


Ônibus, más, frequência.


Ínterim, céu, série          


Âmago, após, espanhóis.


Óbito, têm, bênção.      


Nêutron, baú, pastéis.

Leia o texto:

Um Apólogo

Machado de Assis

[...] Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima. A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:

— Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.[...]

Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000269.pdf> Acesso em 05 set. 2017.

Observe as palavras grifadas nos fragmentos extraídos do texto “Um Apólogo” de Machado de Assis:

Grupo I-

Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há* pouco?

Não repara que esta distinta costureira só* se importa comigo...

Vamos, diga lá*...

 

Grupo II-

... e não está* para ouvir palavras loucas.

A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também*...

... continuou ainda nesse e no outro, até* que no quarto acabou a obra...

... enquanto você* volta para a caixinha da costureira,

 

Grupo III-

E era tudo silêncio* na saleta de costura...

... levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário*.

... fazendo parte do vestido e da elegância*?

 

Depois de comparar as palavras com asterisco, identifique qual foi o critério adotado para organizá-las em grupos, marcando a alternativa correta:              


As palavras foram organizadas por possuírem o mesmo número de sílabas, por isso, fazem parte de um mesmo grupo . Grupo 1: Monossílabas; Grupo 2: Dissílabas; Grupo 3: Polissílabas.    


As palavras foram organizadas por se encaixarem em uma mesma regra de acentuação, portanto, em cada grupo, uma regra. Grupo 1: Monossílabas Tônicas; Grupo 2: Oxítonas; Grupo 3: Paroxítonas terminadas em ditongo.


As palavras foram organizadas por apresentarem o mesmo número de sílabas e  a mesma regra de acentuação: Grupo 1: Monossílabas -  Monossílabas Tônicas; Grupo 2: Dissílabas - Oxítonas; Grupo 3: Trissílabas - Proparoxítonas.


As palavras foram organizadas por se encaixarem em uma mesma regra de acentuação, embora não apresentem o mesmo número de sílabas em cada grupo: Grupo 1: Oxítonas; Grupo 2: Paroxítonas; Grupo 3: Proparoxítonas.    


As palavras foram organizadas por terem o mesmo número de sílabas e a mesma regra de acentuação. Grupo1: Monossílabas - Monossílabas Tônicas; Grupo 2: Trissílabas - Oxítonas; Grupo 3: Polissílabas - Paroxítonas.

Sobre Língua padrão, considere:

Esta é uma variante ou apenas um aspecto sob o qual a língua é considerada. É o nível próprio da linguagem formal, em suas estruturas gramaticais apresentadas ou expostas nos livros de estudo sobre a língua, como as gramáticas, os dicionários, as obras dos escritores de renome ou de elevada qualidade intelectual. É o nível que identifica as chamadas pessoas cultas, dotadas de escolaridade elevada, detentoras de cursos universitários ou simples autodidatas de notório saber, quando escrevem ou quando falam. É o nível presente nos textos científicos, literários, didáticos, oficiais, jornalísticos, os quais são elaborados ou redigidos dentro das normas de correção conforme as regras ou normas estabelecidas pela “gramática”. Daí uma das denominações deste nível: norma padrão. (MAMEDE, 2017)

Sobre Língua Padrão é correto o que se afirma em:        


A língua usada automaticamente, simultaneamente ao pensamento. Não é ensaiada, não é pensada anteriormente, não é planejada.


As palavras ou os termos empregados são adquiridos individualmente, conforme o grau de estudo e de leitura de seu usuário.              


A língua articulada ou emitida com a naturalidade própria do falante, com seu linguajar decorrente de sua cultura, antropologicamente falando.


A língua, muitas vezes, chamada de língua materna, por ser, tradicionalmente, a mãe é a primeira a ensinar a criancinha a falar.           


A  “Verdadeira” língua do homem, ser social. É por ela que ele se comunica e se interage na sociedade.

Leia o texto abaixo:

Cachorro se parece mesmo é com criança: vive o agora, alegra-se com o simples prazer de uma caminhada, corre, pula, brinca, diariamente. Aliás, o que mais incomoda o homem no comportamento canino é a constante alegria do seu melhor amigo. Em geral, não estamos acostumados a viver 24 horas por dia de puro prazer, ainda mais quando levamos uma vida de cachorro. Sentimo-nos, talvez, desrespeitados pela impertinência de um contentamento desmesurado, principalmente quando algo ou alguém nos patrocinou alguma desventura. FONTE: FILHO, Laudimiro Almeida. Vida de cachorro. In: Acontessências. Brasília: Gráfica e Editora Positiva, 1999, p. 37 (com adaptações)

Com a leitura atenta do texto, é possível identificar que o autor utiliza o modo como vive o cachorro para especificar o comportamento da criança (comportamento canino – canino é um adjetivo que especifica/qualifica o substantivo comportamento) e a vida do adulto (vida de cão – locução adjetiva que especifica/qualifica o substantivo vida). O modo de ser e viver do cachorro revelam uma contradição necessária ao sentido do texto. Assinale a opção que melhor explica como essa contradição é construída no texto:


Ao comparar o cachorro com uma criança que vive num contentamento desmesurado, mesmo diante de uma desventura provocada por algo ou alguém.


Ao comparar o comportamento canino com a vida adulta, porque cachorro e homem vivem contentes e felizes, embora desrespeitados por algo ou alguém..


Ao comparar o cachorro com o homem, uma vez que, mesmo se comportando como uma criança, o cachorro se identifica com o adulto de quem é o melhor amigo.                           


Ao comparar o adulto com o cão, pois eles vivem 24 horas diárias de prazer, apesar da impertinência de um contentamento desmesurado.


Ao comparar o cachorro com uma criança que vive constantemente feliz e ao afirmar que o adulto leva uma vida de cachorro, porque sofre desventuras.                       

Sabemos que as palavras são formadas por elementos mórficos, os morfemas. Nos verbos esses elementos são o radical, a vogal temática, as desinências número pessoais e modo temporais.

Observe os elementos mórficos do verbo VENDER:

VEND - Ê – SSE – MOS

De acordo com os elementos que constituem o verbo, é possível reconhecer as flexões que ele sofreu. Sobre as flexões sofridas pelo verbo, assinale a alternativa correta:

 


O verbo está flexionado no Pretérito Imperfeito do Indicativo, portanto _MOS é uma Desinência Modo Temporal.


O verbo está flexionado na segunda pessoa do plural, portanto _MOS é Desinência Número Pessoal.


O verbo está flexionado no Pretérito imperfeito do Subjuntivo, portanto _MOS é uma Desinência Modo Temporal.


O verbo está flexionado na terceira pessoa do plural, portanto _MOS é  Desinência Número Pessoal.


O verbo está flexionado na primeira pessoa do plural, portanto _MOS é Desinência Número Pessoal.